Ah, não? Então, vejam como anda com a grande no primeiro rizo, genoa 110 e motores desligados(!):
sábado, 30 de junho de 2007
O Barco
Falta falar do barco, maravilhoso, os objetos ficam parados em cima da mesa, da bancada. O fogão nem prende as panelas, ñ precisa. A cesta de frutas ñ cai, a xícara de chá quente ñ cai, pode até esquecer o copo cheio na mesinha de cabeceira q ele ñ cai, e vai nos mesmos lugares q um monocasco; é veleiro também! Não consigo entender por q o Francisquete (meu amigo!) nunca me explicou isso?! Acabei de fazer minha seqüência de yoga no cockpit, inclusive os exercícios de equilíbrio, em plena velejada. Queria ver no monocasco! O dono deste cat recebeu o apelido carinhoso de “Lo Tiene Todo”, porque leva aqui dentro toda sorte de objetos. Seguem apenas alguns exemplos: um desfibrilador cardíaco, um dvd player reserva (vai q pifa o principal), uma enciclopédia inteira de clássicos do mar, incluindo O Corsário Negro, Os Piratas da Malásia e outros hits, umas 80 garrafas de vinho, fora as q já ajudamos a consumir, umas 300 latas de refrigerante, 5 bujões de gás, uma dúzia de latas grandes de confit de canard, litros de xampu e condicionador etc., etc., etc.... E das coisas de barco: 2 motores, 2 eólicos, montes de placas solares, gerador, dessalinizador, 2 pilotos, 2 radares, 2 gps-chart, montes de velas, 2 botes, 2 motores de popa e a lista ñ termina mais... Para mim, é um luxo, melhor q hotel. A bússola é um caso à parte, Finland, super precisa, responde na hora, fosforesce. Lá dentro, cada casal ficou com uma banana, a nossa é a de boreste. Temos nossa cabine de proa (legal qdo liga o motor de boreste) e a de popa, enorme, banheiro lindo com uma gaiúta enorme para ficar olhando os peixes. A Maura ñ se conforma q eu queira ficar lá fora o tempo todo, com esse salão maravilhoso, super confortável lá dentro, mas estou hipnotizada pelo mar sem fim, a lua crescendo para ficar cheia.
sexta-feira, 29 de junho de 2007
21 de junho
Não faço turnos, até me ofereci, mas não. Assim, ñ tenho nenhuma preocupação a bordo. Nosso 7mil pifou, parece q por interferência do SSB. Ficamos só com o 6mil, q vem levando o barco sozinho. De resto, tudo funciona perfeitamente. Mar liso, vento de 6kts WSW, como dizia a previsão. Chegou o verão no Atlântico Norte. Saímos com pressão em 1021, e só subiu, para 1023, 1025 e agora, 1027. Não estamos sós, sabemos q o Jonense, aquele caco velho dos argentinos está um dia à nossa frente. Há um monocasco grande tb por aqui, umas duas milhas à frente, seguindo um rumo parecido. Não paro de gabar o conforto do catamaran, mas a diversão dos 3 aqui é dizer q eu ainda “ñ vi nada”, q eu vou “ver só” quando fechar o tempo e o catamaran mostrar sua outra face, o movimento desconjuntado e os barulhos assustadores. Entendo q deve ser divertido mm dizer essas coisas para quem nunca fez nenhuma travessia. Mas estou adorando ñ ter nenhuma responsabilidade. Essa é a última terra q veremos até o continente europeu, a ilha de São Miguel.
Por que Açores?
Porque eles são portugueses. Confundiram-se, ora pois.
Bem humorados, contam q os primeiros gajos q chegaram ali só encontraram uns pássaros, q ainda hoje se chamam garajaus (parecidos ao nosso atobá) q gritam, sobretudo à noite, mais quando vai fazer bom tempo. Mas eles pensaram q fossem açores (outro pássaro totalmente diferente) e assim ficou. Cada vez q queriam referir-se às tais ilhas, diziam aquelas dos açores.
São engraçados os portugueses, mas verdade seja dita, são tb grandes navegadores, q navegam por gosto, saber e tradição.
20 de junho à tarde
Mar liso, espelho para o capitão fazer a barba. Montes de golfinhos rotando fora d´água, mas ninguém se interessou: os 3 “já estão cansados” de ver golfinhos. O capitão me deixou 4 horinhas no leme para dar uma folga ao 6mil. O leme deste barco é encantador, um instrumento de precisão, calmo, sensível, responde na hora. Claro, sem menosprezar o do Swister, fantástico, mas é q este é calmo, não tem aquele resfolegar inquieto dos puro-sangues.
O Barco
É mesmo um barco de bacana. Tem essa cara de zangado dos Fountaine Pajot, mas é fantástico. Quero uma explicação do meu amigo Francisquete: como nunca me explicou q catamaran tb é veleiro? A diferença é q, ao contrário dos monocascos, o chão nunca vira parede, os objetos não se transformam em projéteis e não atacam os tripulantes. Ninguém precisa se segurar para caminhar, o copo fica quieto na mesa. Com pouco vento, anda tb, e vai aos mesmos lugares q os monocascos!! Com o maior conforto!
Outra Última de Faial
segunda-feira, 18 de junho de 2007
A Despedida de Faial
Estamos prontos para desamarrar o barco e ir para o mar. Planejamos chegar a Barcelona em 18 dias (uns a mais, uns a menos). Vou me despedir emocionada desta ilha maravilhosa e dos meus amigos açorianos tão queridos. Agora tenho família aqui: meus tios queridos, o Sr. Mário e a D. Maria Alice, q tto me cuidaram todos estes dias, e os lindinhos Sandra e Luis.
Sei q prometi muitas fotos deste barco maravilhoso e ñ vou falhar, mas certamente vou tardar. Agora mesmo, aqui fora da Marina da Horta, a internet já está bem péssima. Mas vou fazendo os textos e preparando as fotos, até poder postar.
Esta é uma oportunidade linda, nunca pensei q poderia um dia fazer esta travessia com um barco assim, tão maravilhoso. Não vejo a hora de ver como este oceano imenso se aperta no penhasco para encontrar o azul impossível do Mediterrâneo. Estamos muito felizes e confiamos no nosso barco.
Tentei postar a última foto do Faial, mas ñ deu. Pls bear with me.
O mar está lindo!
Sei q prometi muitas fotos deste barco maravilhoso e ñ vou falhar, mas certamente vou tardar. Agora mesmo, aqui fora da Marina da Horta, a internet já está bem péssima. Mas vou fazendo os textos e preparando as fotos, até poder postar.
Esta é uma oportunidade linda, nunca pensei q poderia um dia fazer esta travessia com um barco assim, tão maravilhoso. Não vejo a hora de ver como este oceano imenso se aperta no penhasco para encontrar o azul impossível do Mediterrâneo. Estamos muito felizes e confiamos no nosso barco.
Tentei postar a última foto do Faial, mas ñ deu. Pls bear with me.
O mar está lindo!
domingo, 17 de junho de 2007
Os 3
já mais tarde, bebendo gin tônica no Peter, rodada da casa para os velejadores. Linda noite, clima de muita alegria! O barco é mm maravilhoso, prometo muitas fotos para logo. Chegou lindo, inteiro, com tudo funcionando perfeitamente bem. Mas então, aposto q se perguntam, por q demoraram tto? Ainda vou averiguar melhor, mas, à primeira vista, parece q os caras são ruins de vela mm. Sem nem Luiz, nem Ceará, nem Patrick, dá nisso: singradura de 115 pra menos. Uma vergonha! Espero q nada disso chegue aos ouvidos do Sr. Alain.
O Ricardo veio
Fiquei muito feliz
Fui acompanhando com a câmera, as pilhas acabaram bem na hora. Quem mandou comprar na chinesa! No hiper, mesmo as chinesas são boas, mas na chinesa, até as boas são chinesas. Todos os "meus amigos" da Marina compartilharam da alegria, os polícias da imigração, os frentistas do posto, os canoeiros, o mergulhador, os iatistas. Todos tinham me visto ali na muretinha, horas olhando o horizonte. A chegada de um barco é uma alegria simples, fácil de entender, enorme. Jogaram o ferro, lá no meio, nunca encostaram no cais...
Mais uma, vai
A primeira imagem
sábado, 16 de junho de 2007
CHEGARAM
Chegaram! Chegaram! Vi da janela, aquele catamaran entrando no canal. Lindo! Tirei fotos, prometo postar dpois, mas agora ñ dá. Estou muito excitada, até com a garganta seca. O barco está lindo! Os 3 estão lindos, o barco está aqui, no ferro. Estamos felizes, contentes, tudo lindo! Prometo colocar fotos assim q der. Mais uma vez, obrigada pelos carinhos todos. A chuva continua, mas nem ligo...
Ale, D, Lili, Luiz e Elora
Essa vai pra vcs, queridos, q me fizeram chorar aqui sozinha, com seus recados tão amorosos, obrigada pelo consolo e pelo carinho...
A foto nem faz jus ao lugar: é a Caldeira, um precicípio impressionante, com piscinas de lava lá embaixo. Segundo consta, cada piscina tem a forma de uma ilha dos Açores, na foto aparecem as ilhas de São Miguel (a maiorzona), Faial (essa meio redonda) e São Jorge (compridinha). As outras 6 ficaram escondidas atrás das nuvens, q ñ passam, moram aqui...
sexta-feira, 15 de junho de 2007
Barcos vêm, barcos vão
Com ventos W de 20kts, a Marina ficou mm bem animada. Hoje, chegaram 8 barcos e partiram 5. Todos correndo para aproveitar o vento, q já está rondando para N, com previsão de chegar a 25kts esta noite. Ainda há pouco lá na Marina, perdi a paciência com o oficial operador de rádio, q chama, chama, e ñ consegue nunca uma resposta deles. Catei o rádio dele, achando q o problema era o sotaque. Mas ñ, nem com o meu melhor brasileiro, ñ veio resposta nenhuma. Não há de ser nada, já devem estar logo ali, dobrando a esquina...
Bela Roubada
Uns amigos ingleses aposentados convidaram para ir whale watching com eles. Eu disse q ñ dava, q era muito caro, mas eles insistiram, ofereceram, pagaram e trouxeram o meu ticket hoje no café. Vencida, aceitei. No cais, estava o nosso guia esperando, com um bote inflável de 2 motores, um de 15hp.
_Q roubada!
_Como disse?
_Pardon me?
Não sei traduzir “q roubada” nem para inglês, q dirá para português!
_Nada não.
O guia distribuiu coletes salva-vidas.
_Protegem da hipotermia?
(ha ha ha) Barulhamos uns 20 minutos e chegamos a um pedaço de mar, até liso para o padrão açoriano. Minuto a minuto, a previsão se confirmava: roubada não, roubadaça! Quem está pensando em se aventurar tb, saiba q para cada minuto de whale watching, tem pelo menos meia hora de whale waiting. Vieram golfinhos, daqueles q chamam toninhas em Ubatuba, q tem de monte em Noronha. Os ingleses se excitaram, e começaram a dar gritinhos e fotografar. Sorte de vcs q eu esqueci a câmera, senão teriam q ver aquele monte de fotos de puro mar, e ainda concordar q dá, sim, para ver uns golfinhos lá no fundo... Muito tempo depois, vimos dois rabos de cachalotes, um maior e outro menor, uns 100 metros mais pra lá.
_Let´s go closer! Come on! Can we?
Ora, até mineiro sabe q aproximar um barco de baleias é burrice; imagine um inflável cheio de velhinhos! Só mm em Portugal. Lá fomos nós. Ainda bem q as cachalotes se mandaram. Só vimos mais uma esguichada e depois, nada. Outra meia hora de whale waiting, agora sem nem toninhas, e os ingleses se deram por satisfeitos, ñ sem antes alimentar os peixes com o farto pequeno almoço.
Desculpem os detalhes. No fundo, eu sei q nenhum de vcs se meteria numa roubada dessas. My only excuse is this long lonely wait.
_Q roubada!
_Como disse?
_Pardon me?
Não sei traduzir “q roubada” nem para inglês, q dirá para português!
_Nada não.
O guia distribuiu coletes salva-vidas.
_Protegem da hipotermia?
(ha ha ha) Barulhamos uns 20 minutos e chegamos a um pedaço de mar, até liso para o padrão açoriano. Minuto a minuto, a previsão se confirmava: roubada não, roubadaça! Quem está pensando em se aventurar tb, saiba q para cada minuto de whale watching, tem pelo menos meia hora de whale waiting. Vieram golfinhos, daqueles q chamam toninhas em Ubatuba, q tem de monte em Noronha. Os ingleses se excitaram, e começaram a dar gritinhos e fotografar. Sorte de vcs q eu esqueci a câmera, senão teriam q ver aquele monte de fotos de puro mar, e ainda concordar q dá, sim, para ver uns golfinhos lá no fundo... Muito tempo depois, vimos dois rabos de cachalotes, um maior e outro menor, uns 100 metros mais pra lá.
_Let´s go closer! Come on! Can we?
Ora, até mineiro sabe q aproximar um barco de baleias é burrice; imagine um inflável cheio de velhinhos! Só mm em Portugal. Lá fomos nós. Ainda bem q as cachalotes se mandaram. Só vimos mais uma esguichada e depois, nada. Outra meia hora de whale waiting, agora sem nem toninhas, e os ingleses se deram por satisfeitos, ñ sem antes alimentar os peixes com o farto pequeno almoço.
Desculpem os detalhes. No fundo, eu sei q nenhum de vcs se meteria numa roubada dessas. My only excuse is this long lonely wait.
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Resposta Geral a Todos que Perguntaram
Mais chuva
Fui hoje conhecer o q faltava do Faial q, diga-se de passagem, é menor q a Ilhabela. Não retiro nada do q disse, é uma ilha maravilhosa, linda, impressionante, mas bem q podia fazer sol, pelo menos uma vez por semana... Esse é o farol da Ribeirinha, q ninguém se preocupou em restaurar dpois do terremoto. Mas ñ vamos criticar o governo. Afinal, botaram lá uma plaquinha avisando que é bom ter cuidado, pq há perigo de desmoronamento(!).
O Lifeaholic se mandou
O Pico
Já tinham me contado q tem um morro bem aqui na frente, q dá nome à ilha, o mais alto de Portugal, com 2.345mts. Tinha visto até uma foto do Príncipe Albert de Mônaco lá em cima, mas ver, ver mesmo, nunca. E depois de uma semana aqui, olhando todo dia sem ver nada, já estava achando q o tal Pico era conversa de pescador... O fato é q as nuvens ñ passam, moram aqui. Mas ei-lo que surgiu hoje, de repente. Sorte q saí disparada para fotografar, pq depois de um minuto, ele sumiu de novo. Gostaria q aparecesse com mais freqüência, pq será (seria) a primeira visão de terra que eles terão (teriam) ao se aproximarem...
Chegou o Jonense II
É absolutamente incrível q esses 3 argentinos tenham chegado aqui com esse caco velho. É um 30 pés de madeira, feito em 1963. Não tem piloto, só uma cana em condições deploráveis. O gps é aquele garmin de mão. E o mastro de madeira abriu, bem no trilho dos garrunchos. Eles amarraram com uns cabinhos, e vieram só de genoa. Agora estão esperando umas abraçadeiras de aço q o Altino encomendou do continente. De St. Maarten a Faial em 29 dias. Daqui, vão para a Croácia entregar o barco para seus novos donos. Parece q neste verão, a festa é mm na Croácia. Todo mundo está indo pra lá. Fiquei com muita pena dos argentinos, q ñ agüentam mais comer macarrão. Combinei de ir lá fazer uma comida pra eles, essa receita de bacalhau com repolho q a minha mãe me deu...
Chegou o Lifeaholic
Acabei de encontrar o Alex e o Jackson, q saíram de St. Maarten sábado, 26mai. Eles chegaram segunda, 11jun com o Lifeaholic. O Jackson mandou um abraço para a Maura, disse q ela é legal. O Alex mandou um oi para o Marcelo. Reclamaram bastante: q a viagem foi péssima, muita orça, mar batendo. E q Faial nunca tem tempo bom. O Alex já veio aqui 4 vezes e nunca viu sol. Falaram q o pessoal da Marina e da Imigração chamaram eles de Ricardo e de Marcelo. Por que será?
quarta-feira, 13 de junho de 2007
Chuva, vento e agonia
Recebi agora mais uma mensagem perguntando se ñ estou agoniada, dpois de ttos dias sem notícias. Foi a oitava vez q ouvi a mm pergunta. Não vou responder, nem para todos q perguntaram e nem para mim mm.
Hoje é dia 13 e chove forte. Essa é a imagem da entrada da Marina às 11 da manhã. O vento é 24kts, de leste (bem na cara para eles).
Ontem me falaram q os velejadores são gente muito estúpida: qdo estão no mar, só querem ver terra, e qdo estão em terra, ficam sonhando em voltar para o mar.
É verdade. Além do mais, soube agora q assaltaram a casa da Cláudia ontem.
Mas qdo tudo parece q vai dar certo, é fácil ser otimista, ñ tem nem graça.
O povo dos Açores é mais sábio: qdo o mar está ruim assim, xingam, esbravejam e dão gargalhadas.
Mm com essa chuva, vou agora ao mercado comprar vinho. Tal seria eles chegarem com esse mau tempo e ñ termos um bom vinho para comemorar.
terça-feira, 12 de junho de 2007
A pishcina do Varadouro
Terras q o vulcão criou
O porto dos Capelinhos depois do vulcão
O Vulcão
Se a Ilhabela é bela, o q dizer do Faial?
Em 1957, o vulcão entrou em atividade e destruiu boa parte da ilha. Isso foi depois de um ano de terremotos, q destruiu praticamente todas as casas. A população despencou de 30mil em 1956 para os atuais 15mil. Não conheço outro lugar onde a natureza se mostre com tanta força. Os 15mil q ficaram ñ lutam, respeitam. Aqui, é fácil entender q na luta para dominar a natureza, o homem está do lado perdedor. Nessa região da ilha, ñ há mais casas, o vulcão cobriu tudo de areia.
Meus melhores amigos
O Sr. Mário Serpa (o Cabrito) e a D. Maria Alice, nascidos e crescidos nas Angústias, bairro daqui do centro da Horta.
Ela é aposentada da EDEA-Empresa de Eletricidade dos Açores, a energia aqui vem do diesel, q chega por navio. Ele é aposentado tb, da pesca, filho de Mestre Baleeiro, foi baleeiro tb, até os 19 anos. Depois, acabou a pesca da baleia. Hoje, Faial é a capital mundial de whale watching. Em sua casa, há fotos impressionantes da pesca da baleia, e ele é um grande contador de estórias. As canoas baleeiras eram a remo ou vela, mas ele preferia à vela. Achava menos perigosa, pq conseguiam se afastar mais rápido da baleia depois de arpoá-la. Vi alguns arpões em sua casa, nunca pensei q fossem tão pequenos, não mais de 50cm. Fico imaginando como era dura a tarefa de matar uma baleia de várias toneladas, tendo como recursos apenas uma canoa de 8 metros e um arpão de 50cm. Mas ele me explicou q o mais difícil não era matar, mas sim, rebocar a baleia até a "fábrica", especialmente com mar ruim. Os açorianos têm o hábito de xingar o mar.
Esse foi o último barco q entrou ontem
Fiquei sentada na muretinha acompanhando, desde q ele estava lá fora, vi quando entrou no canal do Pico, até q chegou na Marina. Mas ñ eram eles, era o StarChaser chegando de Bermudas. Fazia uma chuva fininha e quando eu já ia embora, apareceu a Anya, uma velejadora holandesa q está aqui embarcada, esperando a cunhada para voltar para Roterdam, com uma xícara de chá quentinho. Disse q ficou com pena de me ver na muretinha por causa da chuva. Convidou para jantar, mas ñ aceitei, pq estava com frio e queria tomar banho. Fui jantar sozinha no Canto da Doca, atum na pedra, mas acabei aceitando um vinho de verdeio do Sr. João Castro, Presidente da Câmara daqui, uma espécie de prefeito, cacique, ou coisa q o valha. Ele veio sentar na minha mesa e contou de sua (má)intenção: quer colocar um resort internacional aqui no Faial, uma "coisa top", ele explicou. Nesta ilha maravilhosa, os políticos são aquilo mm...
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Boas notícias
O Mateus recebeu e-mail de um barco q está em Bermudas, dando conta de q está tudo bem com eles. O último contato foi sábado, dia 9. Estavam na posição 34N 45W, ou seja, a mais ou menos umas 850 milhas de Faial. Calculamos então q devem chegar na quinta. Com isso, fiquei tranquila e saí para passear. Esta ilha é maravilhosa. Fui ao Porto Pim, q é uma "praia" daqui, tem até francesas de topless tomando sol na "areia". Subi ao Monte da Guia, de onde se vê toda a cidade. E fui às Caldeirinhas, uma cratera de vulcão no mar. Linda! Lembra um pouco Noronha, tb tem mabuias. Lá em cima, conheci um velhinho jovem, bem falante, q foi me contando tudo. Descemos juntos o Monte da Guia, conversando, e lá embaixo, ganhamos uns mariscos de presente de um pescador. Agora, vou tomar banho e sair para jantar os mariscos na casa desses amigos. Quase ñ entendo nada do q eles falam, mas vou me habituando aos poucos...
Rádio mudo
Fui ao mercado comprar pilhas para a camera e frutas, e vi essas antenas lá em cima do morro. Perguntei o q era e falaram q era a Rádio Naval. Resolvi subir. Lá na sala rádio, encontrei o Sr. Saloio, q concordou em chamá-los pelo rádio. Mas não tivemos resposta. Ele ficou de continuar procurando.
Não achou, mas o Sr. Altino me ligou. Aqui em Portugal, todo mundo é senhor, ou senão, senhora. Já estou me habituando. E hoje me levou para passear, num Katana 471, maravilhoso, e depois no barco dele, um Dufour 36 muito arrumadinho. Não conseguiu falar com eles, mas disse q vai continuar tentando, mm sem o dono do barco pagar La Rueda.
domingo, 10 de junho de 2007
Entrada da Marina
sábado, 9 de junho de 2007
Undécimo
Undécimo dia, acabo de falar com o Rafael, que me contou que o dono do barco não pagou La Rueda e que sem pagamento, no le da servicio a nadie... Vou para o aeroporto.
sexta-feira, 8 de junho de 2007
Antes do embarque
O Ricardo foi para Saint Maarten em 23 de maio. Ao chegar, avisou pelo Skype q Saint Maarten é onde os estadunidenses extravasam. Pode tudo: comida, bebida, drogas, sexo, desperdício e poluição à vontade. Tudo barato. Muitos negros para servir os brancos gordos, suados, empanturrados.
Depois de uma boa faxina e troca de foguetes vencidos, partiram em 28 de maio.
A tripulação: a Maura, o Marcelo e o Ricardo.
A primeira notícia veio no domingo, 3 de junho. Já ñ agüentando mais todo mundo perguntando se havia alguma notícia, por telefone, no Max, na rua, liguei para o Rafael. E confirmei. Ele é mesmo tudo aquilo que os velejadores contam nos livros: espanhol em tudo, até no mau humor. A primeira notícia foi q o dono do barco ñ tinha pago La Rueda. A segunda notícia foi q sem pagamento, ñ tem serviço. Mas, espanhol, o Rafael logo amoleceu. E foi entregando aos poucos: o Marcelo tinha feito um contato no dia 1 de junho, estava tudo bem, só pouco vento. A posição ele ñ quis dar. Eu já sabia por quê: sem pagamento,...
Depois disso, mais nenhuma notícia. Marcelo e Mateus desceram o barco em 5 de maio e desde então, colocam o despertador todas as noites às 01:00 para chamá-los pelo SSB. Dona América também, mas eles ñ respondem.
8 de junho, resolvi arriscar e liguei outra vez para o Rafael. Foi bom, porque conheci um novo Rafael, super simpático. Contou q o dono do barco tinha ligado para pedir o número da conta e explicar q ñ tinha pago antes pq estava doente; e prometeu começar a chamá-los para ofrecer el servicio de La Rueda.
Estamos torcendo para q haja um contato esta noite.
Depois de uma boa faxina e troca de foguetes vencidos, partiram em 28 de maio.
A tripulação: a Maura, o Marcelo e o Ricardo.
A primeira notícia veio no domingo, 3 de junho. Já ñ agüentando mais todo mundo perguntando se havia alguma notícia, por telefone, no Max, na rua, liguei para o Rafael. E confirmei. Ele é mesmo tudo aquilo que os velejadores contam nos livros: espanhol em tudo, até no mau humor. A primeira notícia foi q o dono do barco ñ tinha pago La Rueda. A segunda notícia foi q sem pagamento, ñ tem serviço. Mas, espanhol, o Rafael logo amoleceu. E foi entregando aos poucos: o Marcelo tinha feito um contato no dia 1 de junho, estava tudo bem, só pouco vento. A posição ele ñ quis dar. Eu já sabia por quê: sem pagamento,...
Depois disso, mais nenhuma notícia. Marcelo e Mateus desceram o barco em 5 de maio e desde então, colocam o despertador todas as noites às 01:00 para chamá-los pelo SSB. Dona América também, mas eles ñ respondem.
8 de junho, resolvi arriscar e liguei outra vez para o Rafael. Foi bom, porque conheci um novo Rafael, super simpático. Contou q o dono do barco tinha ligado para pedir o número da conta e explicar q ñ tinha pago antes pq estava doente; e prometeu começar a chamá-los para ofrecer el servicio de La Rueda.
Estamos torcendo para q haja um contato esta noite.
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